sábado, 30 de outubro de 2010

Freud Explica.


A se eu pudesse te dizer que os nomes são só nomes.
Que o que importa não são os pronomes que aparecem.
Se eu pudesse entender que quando existe tempo para acabar existe pressa em viver.
Quem me dera entender que o que vale muito é o que nunca vemos.

Sorte seria aprender sem ser martelado.

Aprender é...
É o amassar da grande forja, dócil destino fazendo carícias.
Preferia ser um pedaço de ferro sujo na montanha a uma espada brilhante na bainha.
Preferia usar um sorriso de infantaria a ter essa carabina encostada em meu semblante.
Preferia tanta coisa que escolho não preferir, quem sabe assim meus ferimentos cicatrizam.

O pensar é uma morfina eterna, serve para aliviar a dor que ele próprio causa.
Ele trafica sua própria droga e se entorpece com a possibilidade de overdose.
Duro é termos preparado-o tanto, assim ele sobrevive e fica forte. Assim ele supera.
Assim ele grita de dor só de vez em quando.
Assim acreditamos estar sadios, em meio ao sangue que suamos.
Somos todos loucos, doidos, dementes; somos a escória de uma sociedade sem limites para a insanidade.
E somos. Grandioso sermos em meio ao descontentamento pela miséria que pudemos alcançar.
Glorioso sermos em meio ao semear de novas promessas. Somos um grande movimento que nos engana com a promessa de estaticidade.
Nunca deixaremos de ser esse caos direcionado; não até sermos impulsionados para nossa, enfim eterna, ausência de pulsões.

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