Eu não tenho pretensões
Apesar de ter desejos eu não tenho as intenções.
Eu não sei cantar as notas certas, mas sei olhar, sei apreciar.
Acaricio o pedaço de luz que encontro em seus sorrisos.
Não gosto dessa vida de leis, de artigos e de incisos.
Criando um outro eu teria a liberdade de ser eu,
Ser afoito no amor que eu criei.
Entendendo que minha infância simplesmente não cresceu.
Descobrindo o quanto de entradas eu forcei.
Saciando as vontades de nem sei.
Querendo namorar as noites sóbrias e sombrias, à sombra, sempre.
Vivendo o escondido como escolha, confessando crimes e castigos.
Clareando o cristalino para poder cativar, mesmo em cativeiro.
Crescendo devagar para apreciar a paisagem.
Sabendo que a sereia serpenteia a saúde que anseia.
Fugindo da fadiga dessa fuga; eu afio a ferida.
Fugindo da fadiga dessa fuga, eu faço a festa.
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