domingo, 1 de janeiro de 2012

Viva a vida de morena.

De sorriso de canto de boca
E cantarolando uma letra solta, ela se enxugou.

Se enxugou da água que a molhou; no banho que ela tomou.

Secou os cabelos bem lisos em meio a um turbilhão de sorrisos,
que não chegaram a boca carnuda.

Como de costume o movimento encadeado começou nos pés,
e terminou na nuca, que nunca fora minha.



Seca  como um deserto na geada ela se separou da toalha,
Deixando-a atordoada com a quantidade grande de toques em um corpo escultural.

Não há quantidade que valha de toques para me deixar normal.


De careta bem feita, passou o lápis no olho, só pra me sugar mais um pouco.
As bochechas rosadas já faziam a pele corada de sol me dizer por ando andou.

As pernas bem planas queriam mostrar sua perícia no meio do salão.
Assim, de antemão, A morena cremeou-as com emoção.


Aqueles olhos nascentes fizeram em mim um morrer da razão.
Essa se fantasiou de boba e correu para as florestas do meu coração.


Ah que noite bela morena, ah que noite bela. 
Ah, minha noite. Por favor, olhe essa morena; desculpa lua, mas ela é mais bela.

Aquele vestido me obrigou a um brinde de vinho, que vinho.


E quando eu disse "Olá, você esta tão bela!"
Ela me disse "Eu sei" e nem sorriu.
De forma singela, "Disse que estava encantado"
Ela me respondeu com desdem nos lábios - os mesmos que habitam meus sonhos-: "Quem dera".
Perdido, eu disse "Estou apaixonado",
Ela respondeu "Já era de se esperar".

Ela fez os dedos delicados se deliciarem com a minha adoração, e me tocou.
Ela me tem na mão. 

Eu sou um bobo do coração. 
Doente do amor, doente do ar que fica curto vendo ela passar.

Essa morena se chama vida, e vem sempre me visitar.

Essa morena me conquista em cada Olhar.

Essa morena ainda vai me matar.












Nenhum comentário:

Postar um comentário

Brigado por comentar.