Repentina
Quero um cheiro de sal, quero chinelo na mão e quero lua
Quero barulho constante e a presença sua
Perder de vista, avistar barquinhos, andar de costas
O vento no rosto, o andar molhado e o gritar sem respostas
O longo nascer do sol bem na minha cara
O passar do tempo com pessoa rara
Uma calmaria que só me separa
Do turbilhão e da vida tumulto. Beleza sara.
Minhas pegadas marcadas deixam a areia crua
O mar caminha para mim e molha minha pele nua.
Noto que se é vida tranqüila, não merece boas notas
Tanta beleza. Muitas delicias. Um dia serão coisas mortas
A verdade alimenta muito minha tara
É uma força imensa que não se para.
Tenho-te distante, o meu amor? Era.
Estou de cara rara à sua espera.
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