segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Acho que em potencial.

Quero trabalhar em cima dele ainda, parece que pode ficar bom.

Queria crescer.


Cresci, mudei de mulheres como mudei de trabalhos.

Os dias quiseram passar, eu os secava. Pra mim não existiam retalhos.

A vida era por inteiro, as linhas existiam, demarcavam exatamente onde eu passaria do limite.

Drenava a energia que o sol tinha e na, minha presença, a lua nunca era tão brilhante.


Com um volante nas mãos o mundo se tornava uma cidade de interior.

Meu grito com os outros era mais forte que o ronco de um motor.

Minha banca de perfeito era sustentada pelos suspiros delas.

Meus defeitos eram arrastados para dentro de mim em fortes celas.


Para cada dia da semana um nome feminino.

E eu ainda tinha aquele desejo desde quando menino

De amar a todas, transformá-las em deusas em minhas mãos.

De fazê-las desejar minha presença e esquecer seus pensamentos sãos.


Eu destrui a vida de algumas, mas só naquele presente, o futuro delas foi maravilhoso. Digno.

Elas souberam amar, e se sentiram deusas.

As mentes delas e suas células, todas em conjunto foram todas acesas.

Elas orgasmaram de uma maneira que não era só gostoso. Era divino.


Aqueles foram os únicos tempos, os únicos.


Eu amei, em segredo, uma linda mulher.

A única que desejei e nunca possui.

Um dia ainda lhe direi o que eu senti. Se der e parar de doer.

Gostei dela desde o instante que a vi.


E agora estou aqui, é difícil mexer as pernas até a praça.

Alimentar os pombos é esporte radical.

Tudo nesse momento virou ameaça.

Não sou mais lembrado, estou praticamente morte, e olha que eu era o tal.


Eu cresci demais, percebi de menos.

Falhei com elas, perdi talvez, meu único amor.

A esperança estava nela, nunca nos entenderemos.

Sozinho, tenho tudo, tenho nada. Mas chega de lamentar, vou dormir agora, estou com dor.

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