terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Gostei de escrevê-lo, parece que eu penso.

Indecisão


A mulher dos sonhos dele passou.

O homem da vida dele passou.


Com certeza ele seria feliz, teria vida plena.

Uma pena, pelado passaria muito tempo.

Mas não descobriria o que descobriu.

Ele era um moço de alma não pequena,

Tinha que contribuir, desmistificar o elemento.

Deus falou que ele seria importante, mentiu.


Ele somente pode ser importado, talvez invejado.

Querido e amado? Claro, todos seremos.

Ele ficou no meio. Lugar seguro, calor pouco e frio pouco.

Já os extremos são lindos, são calmos e são extremos.


Ele observou. De genética perfeita óculos usou. Foi taxado,

De retardado, estranho e inútil. Mas tinha o refúgio de seus remos.

Maltratado pelos outros e por seus desejos. Ficou louco.

O que realmente importa é o que tivemos e o que teremos.


Ele descobriu como os Pleks conseguem carregar dois zuns sem morrer.


Notório trabalho. Queria eu ter os nomes nos livros.

Viver de metade, de meio, no meio é só metade vida.

Tiveram outros que viveram extremo e assinaram fotos e livros.

Tentamos avistar a perfeição e torcer pra que nunca ocorra o desista.


Vida boa? Me pergunto todo dia, antes de tomar uma decisão.

Durmo todo dia esperando o seguinte a fim de nele descobrir o que fazer.

Vinte anos se passaram e o dia seguinte será o da descoberta.

E assim se vai e se esvai.

Preferível estar no meio, do que não estar.

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