quarta-feira, 14 de dezembro de 2011


Perdedor

Você já se sentiu como o vento no precipício,
Como a maior árvore da clareira,
Como uma formiga longe do formigueiro?
Esse sentir vem conosco desde o início.


E, talvez, ele seja nosso, não somos os apanhadores no campo de centeio.
Seria menos difícil se eu acreditasse em algo, mas não creio.

No último cigarro você esta sozinho,
No primeiro gole, você esta só.

Em uma festa com todos a dançar, você faz sua parte.
Em um discurso de posse, você se apossa ou aplaude com as suas mãos.

Quando você ama, é triste, mas, ama sozinho.
Mas será que quando se é amado se é amado sozinho?

O amor ama partes suas que abrigam seu ódio.
Se você pensa no outro e ele pensa em ti, estão a sós.
Pensemos no nós...

Algumas pequenas respostas nós não precisamos dar.
Algumas perguntas pulsam por se tornarem afirmações.
É a inveja da interrogação em se tornar algo reto, direto e ideal!?

Gostaria de me enganar achando que não existem outros iguais a mim.
As portas quando batem nos fazem perceber, o doce momento que é perder a liberdade.

As prisões têm grades para podermos sentir a liberdade com a ponta dos dedos.
As praias têm brisas para invejarmos o vôo dos pássaros.


E a vida tem erros para sabermos que a perfeição não é polida, mas é possível.

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