segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

E do amor o broto brota.

E do cuidado do broto o amor chora.
Cada gota dada ao broto é um pouco de amor, cada lágrima um pouco de dor.

E quando semente se transforma em grande arbusto, tudo parece absorto e lustrado.
Todo o mundo é diferente, toda galhada é sentimento, toda a vida aproveitamento.
Tristeza por não ser grandioso, felicidade por não ser semente.
Difícil enxergar o propósito do ócio.

Mas quando árvore florida se tornar, uma visão difícil pode enxergar.


É duro mudar a direção de uma vida enganada pela luz e longe do sol.
É duro saber que foi-se ao longe pelos sustentáculos de algo duro.

É duro não poder quebrar os grilhões que te cercam por eles serem feitos de tua própria carne.

Muito orgulho dos semeadores mortificados pelo amor.
Gostaria que todos estivessem de estômatos abertos para a felicidade.

Que de verdes existam somente as folhas, nada de cifras.
Que de colorido sejam nossos sorrisos.
Que apaziguadores sejam nossos abraços.

Quando dura como pedra eu for, serei uma árvore extremamente infeliz.

Queria não ter a doença de querer toda a felicidade, queria a cura para todo esse ímpeto.


Sinto muito ter ferido o solo com minhas raízes, sinto muito ter esquecido de seus presentes.

Sinto muito ter apodrecido nossos frutos enquanto eles eram somente Flor.

Aprendi com os dois lados, do amor e do respeito.
Da indiferença ao desapego.

Agora tenho água e meus sais.
Tenho altura, até demais.
A brisa leve é minha amiga,
e a primavera inimiga.

Sou abrigo, sem ser abrigado.
sou jazigo de um relicário.





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