domingo, 22 de janeiro de 2012

Entrelaçar de penas

Um sorriso de lado, um perfil bem acabado.
As flores ao seu lado chamam pouca atenção.
Os olhos desvairados olham em outra direção.
E sem me enraivecer sei que ainda estou ilhado.

Sou ilha, com um mar achado.

Abafada a chama, sobra brasa.
Brasa sobrada faz fogo tanto quanto mato seco.

Eu, o mato, até morrer.

Eu a mato até enegrecer.

A cor que me deixaste provar, foi doce no primeiro olhar.

O despertar da preguiça vinha me lembrar que meu tempo de ócio fora morto.

Os seus cabelos longos me faziam amar cabelos longos.
Os seus sorrisos lapidaram minhas escolhas, minhas folhas, minhas flores.
Os seus cabelos curtos me fizeram saber que o que eu amava era você.

Sonhos compartilhados foram despedaçados da realidade do por vir.

Raízes tão profundas irão tietar o sol. Raízes tão rasas irão emaranhar o solo.

Um manto onde poderemos deitar, olhar o som das árvores, beber de nossos sorrisos.

O mundo te abriga; e eu brigo com a bobeira de ter que te abranger em minha vida
 tão longe dos meus braços e tão perto do que sou.






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