sexta-feira, 27 de abril de 2012

Despertar

Seja por festa, seja por fome.
Toda cidade é uma cidade que nunca dorme.

Seja na farra, seja na cama.
Toda cidade é uma cidade que aclama.

Ela surgiu aclamando por festa e por farra.
Vai sumir com fome e sem leito.

E encarna a multidão, seja de 2 ou de um milhão.

Ela não para, ela se pinta de sua própria fumaça.
Em seu próprio lixo guarda seu tesouro.
É feita de couro; couro morto, couro vivo, mas couro.
Concreto, madeira e vidro são só carcaça.

A cidade que nunca dorme nessa revolta, sonha acordada.

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