terça-feira, 10 de abril de 2012

Silêncio

Cílios grandes. Olhos curvilíneos,
cuja cor distam da pela bronzeada.
Um nariz com um pequeno arrebite.

Os cabelos não permitem descrição;
Como cachoeira, ao vê-los, ouço sons
Sinto gostos, vejo além.

Seu movimento faz parar meu sangue
Parar meu pensamento, parar meus medos.

O sorriso difícil e bem dosado, quando vem, suga.

Suga o sono, suga o mundo, surda a multidão.


Seu corpo serpenteia meu desejo, as grades que inventei são tão fracas
Que quando bato nelas seu som só faz me impulsionar.

Sua pele é um deserto, quente e de cor perfeita. Com a capacidade de me deixar...

De me deixar sedento e delirando.

Eu sei, esse caminho pode ser fatal...

Mas quando toda essa beleza fala, grita e esperneia seu conteúdo,

Prefiro a doce sobriedade do silêncio da feiura.





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