Silêncio
Cílios grandes. Olhos curvilíneos,
cuja cor distam da pela bronzeada.
Um nariz com um pequeno arrebite.
Os cabelos não permitem descrição;
Como cachoeira, ao vê-los, ouço sons
Sinto gostos, vejo além.
Seu movimento faz parar meu sangue
Parar meu pensamento, parar meus medos.
O sorriso difícil e bem dosado, quando vem, suga.
Suga o sono, suga o mundo, surda a multidão.
Seu corpo serpenteia meu desejo, as grades que inventei são tão fracas
Que quando bato nelas seu som só faz me impulsionar.
Sua pele é um deserto, quente e de cor perfeita. Com a capacidade de me deixar...
De me deixar sedento e delirando.
Eu sei, esse caminho pode ser fatal...
Mas quando toda essa beleza fala, grita e esperneia seu conteúdo,
Prefiro a doce sobriedade do silêncio da feiura.
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