A toca
Eu, verde, vi a vida,
Eu vi a vida verde.
Revirando os desejos me encontrei num réveillon.
E ao estourar do primeiro fogo, queria o calor do carvão de outros tempos.
Luto constantemente para manter o passado longe do futuro.
Para ser possível fazer firulas em dias de frio.
Para apurar se foi verdade falta viver novamente.
Que sua seiva serpentei à boca alheia,
Enquanto saciado você sacia.
Sempre foi.
E para viver assim, de passado, falta não ser rubra a sua dúvida.
Falta descongelar um gelo puro, maculado com tristeza.
Falta tanto inexistir do jeito que fiquei,
Temperado com o sal, do grito e do desespero, estou pronto.
Pronto pra sair do nevoeiro, e me esconder por inteiro em outra casa pequenina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Brigado por comentar.