E a meia-noite, à meia-luz
As ondas quebravam distante,
Era lá que eu gostaria de estar.
As luas passaram de monte,
Mas não levaram o pesar.
As palavras que se queria ouvir saíram.
As noitadas que se queria aproveitar morreram.
E as declarações cederam, e se deram extintas.
Minha vontade e minha saudade dormiram, ambas famintas.
O mundo girou sem mim, concertei-o.
Trabalho feito, preço pago. Tudo acertado.
Mas quebrei minha máquina no percurso, não creio.
E quem vai mudar esse meu estado?
O mecânico de gente tem, por obrigação, apertar seus parafusos
Por ser um serviço de dor, não pode ser merecedor de glória.
Vivenciará sempre os outros a usar suas máquinas, meros intrusos.
O domador de gente, esse mecânico inútil, ele é a escória.
Escoria que guarda uma epidemia. Que causa esse grito de guerra:
Obrigado seu verme, seu lixo imundo.
Causador da doença pior, ela consome e brinca com quem a tem.
Ela se diz esperança, e até parece do bem.
Ela diz: - Prazer, quando você estiver sem nada, me chame. Eu te inundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Brigado por comentar.