quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Não se percam.

E a meia-noite, à meia-luz


As ondas quebravam distante,

Era lá que eu gostaria de estar.

As luas passaram de monte,

Mas não levaram o pesar.


As palavras que se queria ouvir saíram.

As noitadas que se queria aproveitar morreram.

E as declarações cederam, e se deram extintas.

Minha vontade e minha saudade dormiram, ambas famintas.


O mundo girou sem mim, concertei-o.

Trabalho feito, preço pago. Tudo acertado.

Mas quebrei minha máquina no percurso, não creio.

E quem vai mudar esse meu estado?


O mecânico de gente tem, por obrigação, apertar seus parafusos

Por ser um serviço de dor, não pode ser merecedor de glória.

Vivenciará sempre os outros a usar suas máquinas, meros intrusos.

O domador de gente, esse mecânico inútil, ele é a escória.


Escoria que guarda uma epidemia. Que causa esse grito de guerra:


Obrigado seu verme, seu lixo imundo.

Causador da doença pior, ela consome e brinca com quem a tem.

Ela se diz esperança, e até parece do bem.

Ela diz: - Prazer, quando você estiver sem nada, me chame. Eu te inundo.

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