Papel
Eu tentei te curar com meu veneno,
Sufoquei gritos grotescos ao perder saídas.
A estrada chegou ao fim num tempo pequeno.
No fim dela você se da conta das entradas perdidas.
Incapacitados amontoamo-nos, suspiramos e perdemos.
Os dias de recaída doem como os ferimentos causados em dias de glória.
Só que em dias de glória é ela que finca a memória.
Nos dias de ira sentimos a tristeza e sorrimos.
O que seria de nós sem nossa falsidade?
Eu menti, enlouqueci e, retornando a sanidade, desejo alcalóides.
Quem me dera ser um Marques, especificamente Sade.
Olharia pra mim, sorria. Correria dentro dessas paredes.
Mas... Eu testo ferramentas, eu testo argumentos.
Reforço algumas juntas e garanto satisfação.
Eu engano à nove ventos.
Eu sou só o reflexo de minha encenação.
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