O ataque
São outras cores. Outras dores.
Um arco-iris novo.
São outras falas, outros desejos, outras flores.
Mas o mesmo sorriso.
Não questione o importante. Sinta o distante.
Sente-se ao levantar, espere o mar acalmar.
Eu simplesmente não me lembro da paciência despreocupada.
Não me lembro do amor sem nada errado.
Mas pouco consigo sentir que não seja amor.
A mancha de sangue sufoca o traqueostomizado.
A mancha é no cerne, na carne, no verme.
Estamos presos, somos infantes de nossos erros.
E os aterros cheios e a apodrecer, oferecem o melhor abrigo.
Os antigos tingem o novo tecido de terra e nos tornam tenazes.
É de nossa capacidade sermos capazes de cerrar os punhos aos Capuletos e Montéquios.
Monolíticos, mentimos nossas vontades;
Perdemos nossas entradas por ler as entrelinhas.
Perdemos nossos amores por querer só o verão.
Perdemos nosso verão por culpa do zumbido.
Perdemos nosso inverno com o medo de morrer.
Nos perdemos para poder nos achar.
Quando você se achar grite até a mundo acalmar, e nos mostre o caminho.
Nossa! Fantastico!
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